Turismo sustentável demanda união entre ciência e comunidades na Cordilheira do Espinhaço, defende professor Geraldo Fernandes em artigo
- Elias Fernandes

- 15 de set.
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Na última semana, o professor Geraldo Fernandes, coordenador-geral do Centro de Conhecimento em Biodiversidade (INCT/CNPq/MCTI), publicou um artigo de opinião no jornal Estado de Minas, em que destaca os desafios e compromissos necessários para que o turismo sustentável avance de forma eficiente na cordilheira do Espinhaço, especialmente ao longo da MG-10, entre Lagoa Santa e Diamantina.
No texto, o pesquisador ressalta que iniciativas de ecoturismo precisam ir além da valorização estética e cultural da região. O autor alerta para a necessidade de um plano de longo prazo que una conservação ambiental, uso responsável dos recursos naturais e justiça social, garantindo que o crescimento econômico das comunidades locais não ocorra à custa da biodiversidade.
"A cordilheira do Espinhaço, com sua parte mineira reconhecida como Reserva da Biosfera pela Unesco, é um território de altíssima sensibilidade ecológica, que abriga espécies únicas e ecossistemas frágeis. É também palco de intermináveis e históricos conflitos socioambientais, que tem crescido em vez de ser sanados", afirma.
O artigo chama atenção para diversos problemas estruturais da MG-10, como o tráfego intenso de caminhões acima da capacidade da via, danos ao piso e pontes, além da deficiência de sinalização ambiental. Fernandes critica a falta de critérios técnicos e democráticos em intervenções como a instalação de antenas e a manutenção rotineira das estradas, que contribuem para o desequilíbrio ecológico, especialmente por favorecer a proliferação de espécies invasoras, como capim-gordura e eucalipto.
O texto também argumenta que o verdadeiro legado do turismo sustentável na região depende da valorização da biodiversidade em cada trecho, com ações fundamentadas em ciência e gestão inteligente. Fernandes conclui que preservar a natureza é fundamental para garantir investimentos realmente transformadores e respeitosos, pois a riqueza ambiental é o alicerce do patrimônio histórico e turístico local.
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