Papel da ciência é tema de artigo de pesquisador do Centro de Conhecimento em Biodiversidade no Correio Braziliense
- Elias Fernandes
- 7 de ago.
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Professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos coordenadores do Centro de Conhecimento em Biodiversidade (INCT/CNPq/MCTI), o pesquisador Carlos Grelle publicou, nesta quinta-feira (7/8), um artigo de opinião no jornal Correio Braziliense. Intitulado “Afinal, qual é a importância da ciência?", o texto aborda o papel fundamental da ciência na sociedade contemporânea e denuncia movimentos recentes de desvalorização do conhecimento científico por gestores e legisladores.
Em seu texto, Grelle evidencia como avanços históricos, da erradicação de doenças à revolução tecnológica, só foram possíveis graças à adoção do método científico. O autor destaca a importância de reconhecer a ciência como base para decisões individuais e coletivas, alertando para a tendência, cada vez mais comum, de tratar o investimento em pesquisa como despesa supérflua e de adotar decisões públicas sem respaldo técnico, como ocorre na tramitação do PL 2159/2021, o “PL da devastação”.
O artigo questiona a aprovação recente desse projeto de lei pelo Congresso Nacional e detalha como a proposta desconsidera décadas de conhecimento acumulado sobre ordenamento territorial e funcionamento de ecossistemas, essenciais para a manutenção da saúde humana e dos serviços ecossistêmicos. Grelle também aponta que a iniciativa do autolicenciamento e da Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAE) pode gerar impactos ambientais irreversíveis, já que retira dos órgãos responsáveis o poder de avaliar de forma abrangente os efeitos cumulativos dos empreendimentos.
O texto ainda reforça que o Centro de Conhecimento em Biodiversidade, junto com o Observatório do Clima, emitiu notas técnicas alertando para as fragilidades do "PL da devastação", esperando agora que a Presidência da República promova o veto ao projeto. Ao final, Grelle convoca a sociedade a refletir o motivo de o conhecimento científico, mesmo diante de sua reconhecida importância, ainda ser frequentemente relegado a segundo plano no Brasil.
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