Entre 17 e 18 de setembro, a capital do estado do Amazonas sediou o Seminário Internacional sobre a Amazônia e Florestas Tropicais, que faz parte da programação do Grupo de Trabalho em Pesquisa e Inovação do G20. Organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Unesco, Suframa e EMBRAPII, o evento reuniu especialistas de todo o mundo para discutir os desafios e oportunidades relacionados à preservação ambiental, inovação científica e cooperação internacional.
No primeiro dia, o coordenador do Centro de Conhecimento em Biodiversidade e do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), Geraldo Fernandes, participou do painel III - "Biological Diversity, Conservation Units and Biosphere Reserves". Durante a sua apresentação na tarde de terça-feira (17), Fernandes destacou a importância da biodiversidade para a resiliência dos ecossistemas tropicais e os desafios na conservação das reservas naturais da Amazônia e enfatizou a necessidade de uma maior cooperação entre os países amazônicos para enfrentar as mudanças climáticas.
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Ao longo dos dois dias de evento, temas como descarbonização, conhecimento tradicional, desigualdades na ciência, diversidade biológica e bioeconomia foram discutidos em profundidade. Na abertura do seminário, Henrique Pereira, diretor do INPA, e Osvaldo Moraes, do MCTI, reforçaram o papel vital das florestas tropicais na regulação do clima global e a urgência de ações concretas para sua preservação. Vanessa Grazziotin, da OTCA, abordou os impactos devastadores das mudanças climáticas na Amazônia, ressaltando a crise hídrica e seus efeitos nas comunidades locais.
O segundo e último dia de debates foi focado na bioeconomia e na inovação aberta. O painel liderado por Roberto Porro, da Embrapa Amazônia Oriental, discutiu o potencial econômico da região amazônica, enfatizando a necessidade de uma exploração sustentável de seus recursos. O painel contou com a participação de Henrique Pereira e Gilles Kleitz, que apresentaram soluções para o uso responsável da biodiversidade amazônica, destacando a importância de políticas de cooperação internacional para fomentar a inovação no setor.
O seminário foi concluído com a apresentação de um relatório final, elaborado pelo Grupo de Trabalho em Pesquisa e Inovação (RIWG). Este documento sintetiza as principais discussões e conclusões dos painéis, servindo como base para as futuras ações do G20 relacionadas à preservação das florestas tropicais e à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na Amazônia. A expectativa é que essas diretrizes orientem iniciativas concretas para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região, que é fundamental para o equilíbrio climático global.
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